terça-feira, 24 de maio de 2011

Capítulo 5 - Home sweet Home

Minha casa era quase no meio da rua, de um lado um terreno vazio, do outro a esquina da rua. Minha casa tinha 3 andares: 1° era a sala e cozinha, 2° eram os quartos e o 3° o sótão.

O sotão era o espaço para livros, álbuns antigos e memórias postumas, bem seladas e guardadas. Este espaço era ao mesmo tempo lindo e assustador. Lindo, claro, era cheio de livros com aventuras e românces virgens, prontos para serem lidos. Assustador, infelizmente, era escuro, úmido. Mas o que mais me assustava era o baú de carvalho no canto leste da sala. Seu conteúdo era horripilante, meu pai guardava um álbum com a fotos dos corpos de parêntes já falecidos. Todos de olhos fechados, como se estivessem dormindo, em um sono profundo e inabalável. Era terrível a lembrança.

No andar abaixo eram os quartos. O meu, de minha mãe e do meu irmão, Matheus. Meu quarto simples: armário embutido, cama, pentiadeira, janela e porta. Não gostova de ostentar o material. Comprei o básico para suprir minhas necessidades básicas.
O quarto do meu irmão é um reino que, pra mim, é intrasponível. Raras foram as vezes que entrei em seu quarto. E na maioria delas fui expulsa.
O quarto dos meus pais era o maior da casa, mas não o mais bonito. Tinha o carpete rasgado, cortinas mofadas e o maldito cheiro de naftalina se empregnou no colchão deles. No quarto havia uma TV e um DVD.
Descendo um pouco temos a cozinha e a sala. A cozinha vivia cheia de louça na pia, e gordura no fogão que ñ saía. A sala tinha dois sofás. Um deles estava rasgado. Nela havia uma TV, um vaso de orquídeas, janelas cinzas e um porta inferrujada...

Fazer o que néh!