Tudo? Mais ou menos...
Minha mãe já sabia dessa festa, mas meu pai não. E era ele que dava a palavra final. E agora?
Será que um bilhetinho resolveria?
Um recado na secretária eletrônica?
Uma mensagem?
Um e-mail?
Sei lá... o quê? Não eu precisava encontrar uma saída, uma resposta.
Com o celular em minhas mãos e cabeça no travesseiro, fiquei queimando neurônios.
Uma saída?
Uma tentativa?
Uma... uma... uma... ah!!!!!
Já sei!!!
Já que eu não tenho coragem de falar na frente dele e ainda de última hora, vou ligar pra ele. Pelo menos eu falaria e não escreveria ou digitaria.
Ok!
Levantei da cama e abri a porta do quarto. Segui pelo corredor até as escadas. Desci. Fui correndo até o telefone. E dei de cara com apenas o suporte nada do telefone. Ué? Onde ele estaria?
Tentei escutar com paciência, pra ver se minha mãe estaria no telefone. Mas nada. Decidi ir ao seu quarto. Cheguei no batente da porta, só ouvi a sua respiração. Calma e suave. Ela dormia como se o mundo tomasse um fôlego antes de uma grande maratona.
O quê aconteceu com o telefone?