sábado, 16 de julho de 2011

Capítulo 24 - Claustrofobia

- John? JOHN!!!!

- Oi Ana! Como você vai?

Pulei 2 metros em seu encontro, era John M. Dinkar. O “M” é de Murage, ele era neto de Susan. Eu não sabia que ele estava na casa da avó. Se eu soube da sua presença eu já o teria telefonado ou ido ao seu encontro.

- John! Você sumiu, - acabei nem respondendo a pergunta - onde você se meteu?

- Eu estava na Austrália!

- É mesmo, eu tinha me esquecido! Minha cabeça tá muito bagunçada esses dias. Faz quanto tempo mesmo que você foi?

- 8 meses.

- É, quanto tempo!

- Me conta, e você? O que anda fazendo da vida?

- AH, nada. Só estudando. Hoje tem uma festinha na casa da Mariana Boldjer.

- É, você vai?

- Vou, com a Fabi. Você quer ir?

- Acho que não.

- Vai – agarrando-o pelo braço – vai, vem comigo, tem um espaço sobrando no carro!

- Tá tá! Vou ver com a minha avó!

- Me liga, ou bate láem casa pra mi avisa! Tá?

- TÁ ANA!

- Hahahahaahahahahah... você pode me ajudar?

- No que?

- Eu não consigo sair dessa casa, estou meio pressa – meio? Totalmente! - você me ajuda?

- Claro!

Tirando o molho de chaves do bolso do blusão me lançou um olhar sarcástico: a porta da frente estava aberta, e eu, no pavor do momento, nem notei.

- Não se esquece de me ligar avisando, ok?

- Ok ok!

Abrindo a porta direcionei-me à rua. O paradeiro de Susan não me foi revelado, John não me disse se ela estava no jardim ou no sótão. Fiquei na dúvida.

Meu corpo foi guiado por uma corrente forte que soprou a meu favor em direção à rua. Deixando John na porta, escorando o ombro no batente da porta, olhado-me ir. O vento me conduzia, me carregando levemente.

Desci a rua em direção a minha casa. Já eram 15:04 e a vento assoviava cada vez mais forte. “ Acho que vai chover” indaguei-me. A minha casa se aproximava. E meu celular tocou.




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